"A morte tem tanta certeza de sua vitória que nos dá uma VIDA de vantagem."
terça-feira, 4 de maio de 2010
Quase onírico
Andando a noite pela rua percebo que as árvores estão maiores, maiores do que eu, maiores do que antes. Mas eu não diminuí de tamanho, também pareço mais alta, mas como não consigo me ver igual vejo a árvore, não sei quanto mais alta.
Ouço o silêncio, não tem gente passando, nem carro. As árvores que moram na minha casa estão mais sombrias mas me metem menos medo. É como se por um instante eu soubesse que existe a possiblidade de acontecer coisas ruins comigo na rua assim como há chances iguais de não acontecer nada. E isto por este instante não me apavora. A angústia que dá quando se pensa na possibilidade ruim é infrutífera pois a chance do oposto a neutraliza.
O andar despreocupado porém vigilante é um andar novo, um passear desconhecido para mim. Um temer menos preventivo, mas apenas constitutivo de ser e de chegar a noite em casa, sozinha.
Um brilho meio mórbido passa pela minha vida como um retoque final que não finaliza, mas inicia uma nova etapa. Esta não será confortável (desta fantasia já me livrei) mas nem nascer, nem viver e nem morrer é confortável, então não será esta a novidade.
Todo desconhecido assusta, mas como tudo que passa pelo fogo, não tem mais volta, nem abdicando da mudança voltarei a um estádio anterior, serei apenas aquela uma que mudou e depois desistiu da mudança.
Mas não se vai para o céu sem morrer, não se frita ovos sem quebrá-los e não se vira borboleta sem rastejar um pouco como lagarta.
BADAENEK
sábado, 1 de maio de 2010
Nada é arbitrário
Quecôcêfoifazênomato Mariachiquinha
BADAENEK
Lacaniando
"É sempre em volta da sombra errante do seu próprio eu que se estruturarão todos os objetos do seu mundo assim como sua percepção dos outros indivíduos". Lacan
É por essas e outras que Lacan é Lacan e todos ouviram falar de Lacan e a gente é a gente e ninguém nunca ouviu falar da gente.
Piadas a parte, pois de piada basta a própria vida, quando isto é percebido (e não apenas lido) pelo indivíduo sua vida muda. E as percepções mudam. Ainda não deixam de ser criadas na sombra do eu, mas separando o joio do trigo as relações com o mundo tem um colorido diferente.
A Picanálise não me trouxe felicidade e nem paz, mas me fez ver que eu não sou melhor e nem pior que ninguém.
Somos todos bebês querendo voltar ao útero quentinho da mamãe e sem precisar usar os pulmões.
Nem o cérebro.
Esse final não foi psicanálise foi Badaenek.
BADAENEK
quarta-feira, 21 de abril de 2010
BLOG DE FINDI
Mas o blog ficou de lado.
Farei assim: Dias da semana não postarei, mas de fim de semana vou colocar em pixels meus pensamentos.
Parece engraçado ou irônico, mas quanto mais coisas acontecem, menos tempo para escrever. Em dias com muita postagem ... haja ócio.
Badaenek
quarta-feira, 10 de março de 2010
"Carefull"
Para não tropeçar no bico
Que sem perceber nasceu no seu rosto
E tomou conta da sua expressão
Cuidado para não esbarrar na insatisfação daquele ali
Porque do jeito que está a sua insatisfação
Ultrapassou o espeço que era destinado a ela
Cuidado para não falar alto demais
O único que precisa ouvir mora dentro de você mesmo
E de nada adianta alertar os vizinhos
Cuidado com o que pensa
O pensamento é o chefe do comportamento
Quando vi, fiz sem pensar.
Mentira, neste caso pensou-se muito rápido e agiu-se mais ainda
Cuidado com o que acredita
O mundo muda a cada segundo
Mas você não precisa mudar tão rápido
Mas não pode ser igual para sempre
Cuidado com o que deseja
Normalmente nos engajamos para realizá-lo
E quando ele é alcançado
Não temos certeza se queremos
Cuidado com o que escreve
A escrita torna real pensamentos que nunca existiram
E as pessoas lêem
E quem lê opina
Cuidado com as relações
Você de verdade está sozinho
Mas a travessia é melhor quando tem quem ri com a gente
Ou que chora
Ou que ouve o nosso choro
Cuidado com a vida
Você só tem uma
E é curta, curta
Esta acabando enquanto você lê este post
Vá fazer algo que você ame
--
Badenek
terça-feira, 9 de março de 2010
CARA DE TRISTE
Seria bom se fosse, tristeza é alguma coisa. É o status triste. sabemos
o seu contrário: feliz.
Podia ser uma cara de brava...GRRRR...raiva também é alguma cosa.
E é o contrário da calma.
Mas esta cara é uma cara de angústia. E angústia não tem contrário. E
não tem solução.
Angústia é aquele rojão que caiu no chão e roda nos pés de todo mundo e
só pára quando ... pára.
Mas machuca uns dedões primeiro.
Não sei o que é o oposto da angústia, não li tantas coisas assim.
Mas sei que a cara fica feia mesmo. Uma cara de quem cheirou e não
gostou.
Mas a angústia é necessária, como o veneno e a vacina: na medida certa.
Angústia traz de presente um brinquedo. É um lindo ponto de
interrogação, que você pode colocar onde quiser. Praticamente uma
enfeite coringa. E você descobre que sempre que coloca ele em algum
lugar surgem coisas novas. E algumas delas trazem mais angústia.
A angústia vem nos extremos... ou quando você está muito longe de si
mesmo, ou quando se está perto demais de quem você realmente é...
--
Badenek
segunda-feira, 8 de março de 2010
PSICANÁLISE E A BUSCA POR AQUELA RESPOSTA
O resumo do problema e instauração da neurose é que estamos sozinhos. A castração não é um "não pode", mas um "não tem".
BADAENEK - Momento Nietzsche
terça-feira, 2 de março de 2010
O PODER DE PODER
Era o oitavo dia e deus estava feliz com toda sua bela criação e após seu descanso, o mundo poderia começar.
Pensou por um segundo se faltava alguma coisa por fazer.
Depois de dar a vida e as condições para mantê-la, se questionou se não faltava algo...
E se meus humanos se arrependerem de alguns ato e quiserem voltar atrás para consertar?
Pensou então em presenteá-los com um poder quase divino, um poder que ninguém nunca ouviu falar.
Achou por bem dar o poder de voltar no tempo, e assim, poder consertar alguma coisa.
Mas assim como o corpo precisa de comida e água para carregar estas energias, este poder precisaria de tempo para ser usado de novo.
O humano poderia utilizá-lo uma vez por dia e apenas uma.
Agora sim. O mundo pode começar.
Com as emoções que são itens de série, a depreciação física que o tempo causa e o imprevisível, como os humanos usariam este poder?
Sabendo que o dia dura muito, os humanos poderiam se arrepender de consertar uma coisa e deixar outra sem consertar para sempre.
E desta maneira, esperariam até o final do dia para escolherem o que consertar.
E como o dia dura muito e pode acontecer muitas coisas até o último minuto, só saberiam que não havia outra coisa a consertar quando fosse o final do dia. No último minuto.
E, nesta hora, este dia virava outro dia, e o poder não funcionaria mais.
E ainda, provavelmente, se o humano conseguiu manter-se firme até o final do dia, conseguiu lidar com a coisa a ser consertada e por isso talvez desistisse de consertar.
E, pode ser, que quando uma saudade apertasse ou o arrependimento, os dias já teriam se passado e, mesmo com o poder, o humano não poderia consertar.
Depois de meia hora, deus desistiu desta empresa pois seria um poder inútil.
E decidiu começar o mundo assim.
E então conclui que os humanos teriam então outro poder, não menos divino e não menos trabalhoso. eles preveriam parte do futuro. A parte que cabe a eles.
Deste poder ele se orgulhou e não precisou pensar muito.
E este não precisaria de tanta energia, apenas sabedoria.
O homem precisaria aprender como usar este poder. E quando não conseguir, vai dar tempo de pedir orientações para o criador ou para seus pares.
Ele deu o livre arbítrio e os humanos passam cada dia tentando descobrir como usar este poder. As vezes, fingem que não o possui e correm às igrejas pedindo que deus mostre o que eles devem fazer. Escreveram livros de doutrina e outros de auto-ajuda.
Eles não sabem usar o poder.
Mas só tem um jeito de descobrir como usa. E este jeito é vivendo. E sabendo que as escolhas têm consequências. E que "com grandes poderes vêm grandes responsabilidades*", e que o livre arbítrio é uma forma de ver o futuro e poder escolher o que fazer sem precisar voltar no tempo para arrumar.
BADAENEK
*Frase do tio do Spiderman
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Clown Parade

Era fim da tarde, a chuva começou a querer chover. Avenida Paulista cheia, hora do rush, todo mundo tinha algum lugar para ir...e depressa.
Metrôs, ponto de ônibus lotados, trânsito na rua. O relógio não perdoa e não pára.
Quando finalmente meu ônibus aparece no horizonte e logo depois encosta no ponto, surpresa, era o ônibus de todas as pessos que aguardavam no ponto.
Depois de brincar de "Sokoban" e cada um encaixar no seu lugar, em cada ponto de ônibus que vai da Av. Paulista, Alameda Santos, Brigadeiro e Av. Santo Amaro entravam mais uma meia dúzia. Certa hora um pessoal chegou a entrar por trás, mas "tudo bem", hoje em dia não tem problema, seja pela frente ou por trás, a galera acha importante que entre.
Vertigens a parte, de alguém que não havia almoçado, que inferno. Uma pessoa normal é capaz de se tornar um sociopata em questão de minutos...opa...errado...em questão de horas, porque foram 2 horas neste calor-humano-molhado-de-chuva-com-vidro-fechado.
Não ia falar sobre isso, mas foi inevitável.
Ia contar que no meio do caminho deste caos apocalíptico capaz de transformar cientistas em Hulks, uma senhora com idade bem avançada que estava dentro do ônibus começou a tirar sarro de uma vaquinha colorida que está na Av. Paulista participando do "Cow Parade". Ao mesmo tempo que as minhas opiniões sobre a arte começaram a borbulhar querendo gritar para o mundo que não se zomba da arte porque arte reflete a vida do ser humano e blablabla... caí na real:
Imagine a cena de uns 70 cabeçudos dentro de um ônibus, o trânsito não anda, chovendo, todos atrasados e todos encarando a vaca por longos minutos (já disse que o trânsito parou?). Imagine esta cena do ponto de vista da vaca.
É absurdo a gritante inversão de valores de hoje em dia. Eu amo arte. Eu defendo a arte. Mas São Paulo tem muita coisa pra resolver antes de investir em vacas coloridas ou TVs dentro do ônibus.
Pão e circo até que funciona com a gente, mas só circo não.
Principalmente porque os palhaços deste picadeiro somos nós.
BADAENEK
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
É bonito é bonito e é bonito
É segredo, não conto.
Nem sob tortura.
Mas tem coisa que é bonito de ser ver hein? (eu não errei a ortografa)
Viva o fim do Carnaval!
Viva o retorno das férias.
Meus olhos agradecem.
A Natureza sabe fazer bem feito... pena que fez poucos.
Hehe
BADAENEK
"Não existe algo como o ser humano"
Winnicott tem uma famosa frase que diz "não existe algo como o bebê". Esta frase trocada em miúdos significa que o bebê nunca é O BEBÊ, quando você me apresenta um bebê você me apresenta uma mãe. O bebê não pode ser sem uma mãe (cuidador), sem a mãe o bebê não existe, pois resistiria pouco tempo vivo.
Agora uso esta frase para dizer que esta é uma condição do ser humano e esta é uma coisa muito difícil de entender e até de aceitar me arrisco a dizer. Um ser humano sozinho não vive. Talvez a diferença entre a frase do bebê e a do ser humano é que o bebê não sobrevive; o ser humano até sobrevive, mas não vive.
Nos últimos tempos tenho sentido na pele dos jeitos mais legais, mais constrangedores e mais bizarros como somos dependentes uns dos outros e como é di fícil aceitar isto.
Seja no amor, na dor, na piada, no e-mail ou nos posts do dia a dia, seja nas críticas, seja nos sonhos que se esbarram pois coincidem ou chocam, estamos sempre vivendo a nossa vida temperada pela vida dos outros.
Tenho dois filhos, uma mãe, dois irmãos. A maneira como a vida deles completa a minha é inexprimível. A maneira como cada um à sua maneira me coloca em suas vidas... o jeito que me ajudam a viver.
Meus filhos nasceram em condições especiais e me arrisco a dizer que a família deles não é completa, faltam peças-chave e eles sentem falta. Na minha ânsia de corrigir esta falta me desdobro em mãe-amiga-pai-vô e acho que eles compreendem e me dão crédito mas no fundo sabem que nunca vou substituir a altura. Mas a família que temos, que não é perfeita por ser feita de humanos, mas é perfeita por ser única, faz com que a vida seja "vivível".
Nunca criaria meus filhos e nem existiria de sse meu jeito sem o colchão que são a minha mãe, irmãos, amigos, amigos-coloridos, primos doidos, babás corajosas, amigos virtuais, escritores, filósofos, professores inspiradores e loucos que viram analistas que me cercam, rodeiam, respiram o mesmo ar que eu e divide as experiências e a mala pesada desta viagem.
Obrigadú.
BADAENEK em momento cristão Hehe
domingo, 21 de fevereiro de 2010
O ano começou
É verdade...
Depois de longas férias do trabalho, da faculdade e da escola das crianças, lá vamos nós.
O ano começou e até o horário de verão já ficou para trás. É hora de produzir. É hora de correr atrás do prejuízo.
É hora de arregaçar as mangas e fazer o que não foi feito antes.
Parece até que é assim né? O ano nunca acaba e nunca começa para quem tem que batalhar a vida como a gente... é tudo uma continuidade......
Bom... pelo menos até a Copa do Mundo Hehe
BADAENEK
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
NEUROSE FALA
Depois de escrever sobre coisas densas e obscuras, talvez um tanto polêmicas, talvez incômodas, vou mudar de assunto como todo bom neurótico, que quando fala demais do bueiro, precisa começar a falar das flores e dos passarinhos para dar uma limpada no ar. Hehe.
Quero falar sobre coisas na vida que nos surpreendem. Acho legal que isso aconteça porque mostra que não temos controle sobre todas as coisas e que mesmo quando estamos parados o mundo gira e esbarra em nós. Este é um ponto. O mundo gira, esbarra, pára, gira de novo.
O outro ponto é que quando o mundo que a gente criou dentro da gente muda, o mundo de fora muda junto e isso é surpreendente. Esperar mudanças nunca é um plano ruim, porque inevitavelmente elas acontecem, mas mudar uma coisa inside e depois ver seu reflexo outside é realmente uma bela experiência.E quando você muda o seu mundo, o mundo de verdade gira e esbarra em alguém, que as vezes estava indo bem no plano de ficar parado esperando mudanças. E tudo dá certo.
Em alguns itens da minha vida estou no plano "estátua-quando-voltar-a-musica-eu-danço" e em outros estou dançando frevo para que coisas aconteçam. E, cada plano no seu ritmo, as coisas estão caminhando.
Post dedicado ao meu analista, (histérica na formação reativa) - aquele fofo.
BADAENEK
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Sessão Cineménha - UP IN THE AIR
1 - SITUATION
Assisti numa sexta-feira na sessão das 23:00 no Market Place, cinema vazio, ótimos lugares onde dava para esticar as pernas. Foram 15 minutos de trailler, para minha sorte que sempre chego atrasada.
2 - RESUMÉNHO
O cara é um "funcionário-viajante", que tem a função de demitir pessoas para empresas onde o líder não tem esta capacidade, ou tem preguiça pois são muitos ou não quer mesmo. Em uma das viagens conhece uma mulher que trabalha viajando, assim como ele, a quem ela mesmo se refere como "uma versão dele com vagina" e rola um affair (com final bem bolado). A empresa onde ele trabalha contrata uma nova funcionária, recém formada com idéias tecnológicas de demitir por fone-conferência, reduzindo os custos da empresa. Daí em diante, a história gira em torno do problema em demitir pessoas e demitir pessoas pela internet, ao mesmo tempo que o herói reencontra as irmãs que não via há muito tempo para o casamento de uma delas e se relaciona com a mulher viajante. Ele também ministra palestras "motivacionais" com um tema sugestivo. Pano de fundo do filme: relacionamento / vínculo.
3 - FILOSOFANDO
Um filme sobre vínculos. Emocionais e práticos. Um cara que trabalha demitindo pessoas, desvinculado-as do seu trabalho, do seu "ganha-pão", pessoas com muitos anos de empresa na maioria das vezes, com um vínculo prático e emocional muito grande. Para desfazer este vínculo, ele precisa criar um breve vínculo de compaixão e vender uma idéia de novo começo. Quando esta situação é ameaçada pela tecnologia, ou seja, demitir via fone-conferência, existe um abalo no único vínculo que herói construiu - com a fuga, com os aeroportos e hotéis e causa indignação como o novo projeto mostra seu trabalho como desnecessário, desconsiderando todo uma situação que é instaurada no momento de demitir uma pessoa. Ele não possui vínculos com a família, uma das irmãs chega a dizer que ele "praticamente não existe". Se delicia com a aventura amorosa com a mulher-viajante pois pode encontrá-la por ai e ficar com ela casualmente, novamente, sem carregá-la consigo, assim como faz com a família, com seu apartamento e assim como prega em suas palestras da "mochila-vazia". Pretende convencer as pessoas que devemos carregar o mínimo de bagagem nas mochilas e então seremos felizes. Trazer o mínimo em sua bagagem diz respeito à relações. Relacionar-se é assumir uma responsabilidade para com o outro. Esvaziar a mochila é não carregar esta responsabilidade e viver leve. A mala dele tem as coisas mais práticas e úteis, nada de mais, nada de menos, suas técnicas em aeroportos para ganhar tempo nas filas já diz da praticidade. Só se relaciona com a companhia aérea, onde é fiel e deseja acumular 10 milhões de milhas para ter seu nome em uma avião. A companhia aérea é quase sua cúmplice de fuga, por isso uma lealdade; é ela quem proporciona a "saída estratégica a direita" de uma cidade para outra. É seu único vínculo. Quando precisa aconselhar o noivo de sua irmã, ele é um desastre, mas faz uma pergunta essencial: "nos melhores momentos da sua vida... você estava sozinho?" e isto o convence a seguir adiante com o casamento. Não vou contar o final mas o filme não defende o que é certo ou errado, apenas causa uma reflexão sobre escolhas, mas toda escolha tem um preço.
Demitir pessoas ou não SE vincular é uma opção que não causa grandes danos para o herói, mas e se ele fosse desvinculado? Demitido? Esvaziado da mochila de alguém? Privar alguém da sua companhia pode ser até um favor as vezes, mas pode ser doloroso e este "pode ser" é a responsabilidade que assumimos nas relações (conjugais, maternais, empresariais, com cliente, etc.)
Esvaziar a mochila não é difícil. Mas o que a gente tira da mochila em algum lugar, fica.
Detalhe para o chiste no slogan: "The history of a man ready to make a connection".
BADAENEK
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Mulherzando
http://clubecabecasbadalhocas.blogspot.com/2008_12_01_archive.html
Sobre críticas
Dolorosas como sempre (nem vem com essa de construtivas ou destrutivas, essa porra dói), as críticas têm o poder de te testar em seus argumentos e suas idéias, porque pessoas pensando diferente da gente acabam mostrando como a gente é.
Tente não responder à críticas. Sem interação, seu pensamento não modifica.
Mas tente argumentar...além de descobrir que existem outras maneiras de pensar, te mostra o tamanho real do que você pensa. De tanto defender seu ponto de vista, ele pode se mostrar como um jeito infantil de ver as coisas, ou de repente o jeito mais maduro de olhar.
Somos incapazes de auto-crítica paralela à opinião, simplesmente porque o raciocínio lógico é sempre o mesmo, por isso, mesmo doendo, vale a pena ouvir críticas nem que seja para descobrir o quanto você gosta do seu prisma ou como ele já está ultrapassado (dentro de você) e você não sabia.
BADAENEK
Perguntas sem resposta
Daqui alguns anos ou até alguns dias, de acordo com a velocidade do nosso tempo, posso me arrepender de escerver isto ou simplesmente mudar de idéia. O que preciso é organizar as idéias para saber a que conclusão chegar e isto só é possível escrevendo ou falando.
Tenho pensado sobre Deus e sobre minhas crenças... existência? Mito? Dedução? Intuição? A que vem a crença em deus? Seja ele qual for. Seja ele uno, tríade, múltiplo.
Pela pouca experiência de vida penso que existe uma força criativa, que independe das vontades dos humanos e que por ora, é inexplicável. Pelo que conheço da ciência em todos os campos, a matemática final é que existe uma força que cria e equilibra o mundo, suas forças, suas fraquezas, seu humor.
Mas não consigo acreditar na existência deste teu Deus. Este deus que exige sacrificios da natureza em prol ao seu gerenciamento que não tolera desobediência, que a cada escorregão humano tira e faz doer. Não cabe na minha alma um espaço para adorar um algoz. Por isso minhas suspeitas aumentam. Suspeito de um bode expiatório, o pecado, que humanos bem dotados de suas psicologias que hoje tanto estudamos, criaram afim de doutrinar e manipular os humanos menos dotados de pontos de interrogação. No fim, uma troca fácil de realizar: minha natureza pelo Seu perdão. Abrem mão da natureza do humano em troca de terras verdes após a morte. Nesta hora me pergunto porque então este deus nos deu a vida se só podemos gozá-la depois da morte. Porque temos formigamentos e impulsos que nascemos e temos que controlar em troca de uma vida eterna. Se é eterna não é vida, a vida predispõe uma morte. Como não existe sombra, mas ausência da luz, não existe morte, mas ausência de vida e se é eterna chamemos de outro nome.
Compreendo que existem patologias, comportamentos que destroem laços humanos, politicos, sociais e naturais, mas encaro como uma desordem causada inclusive por esta ilusão. Uma ilusão do errado.
Acredito mais em um criador como a natureza, que não impõe regras narcísicas de adoração, lealdade e fé, mas de colaboração. Você não é punido quando corta uma árvore pois magoou o Soberano, mas é punido pois a árvore é o que te faz respirar e você mexeu com o equilíbrio do mundo. Um criador que equilibra as coisas de tal maneira que sua criação precisa aprender a conviver colaborando. Viver em sociedade com a natureza. Um contrato social de onde começa a minha vida e onde começa a sua, de delimitação e intersecção. Onde os impulsos naturais como o desejo e a agressividade encontram lugar para se expressarem com o devido suporte de quem já foi iniciado na vida, do jeito que ela é.
Acredito que acreditar neste deus e privar nossas vidas de alguns itens como se fossem errados só nos faz tapar o sol com a peneira e nos fingirmos de santo diante outros crentes nisso e, diante deste próprio Deus que defende, mostrar sua real cara. A falsidade.
Como acredito no criador, espero não causar nenhum efeito borboleta com este post de desabafo, quero pensar mais no assunto e sempre, mas infeliz ou felizmente, escolhi um caminho mais complicado que acreditar cegamente, que é perguntar sempre e questionar o porque estou aqui.
BADAENEK
Ela explica como me sinto hoje
Standing Outside The Fire
Garth Brooks
Composição: Garth Brooks
We call them cool
Those hearts that have no scars to show
The ones that never do let go
And risk the tables being turned
We call them fools
Who have to dance within the flame
Who chance the sorrow and the shame
That always comes with getting burned
But you've got to be tough when consumed by desire
'Cause it's not enough just to stand outside the fire
We call them strong
Those who can face this world alone
Who seem to get by on their own
Those who will never take the fall
We call them weak
Who are unable to resist
The slightest chance love might exist
And for that forsake it all
They're so hell-bent on giving ,walking a wire
Convinced it's not living if you stand outside the fire
Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire
There's this love that is burning
Deep in my soul
Constantly yearning to get out of control
Wanting to fly higher and higher
I can't abide
Standing outside the fire
Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire
Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Uma ímpressão
Se era o certo eu não sei, se era assim também não hei de saber, mas sei que era o que dava para ser naquela hora.
Não sei como saber se vai dar certo, nem sei ao certo o que é certo, mas sei que é assim que sei saber.
Só sei que nada sei, só sei que tudo é impossível saber, mas tentar saber é o impulso da vida e não conseguir saber nunca é a graça da vida.
Conversemos, briguemos, amemos, bebamos... e nunca saberemos.
Leia, pergunte, busque, ria, chore e durma, e nunca haverá de saber.
A grande vantagem é que não saber nos dá a chance de inventar!
Invente seu deus, sua religião, sua psicologia, sua ciência, sua tecnologia, sua lei, suas regras, sua submissão, sua versão. Crie sua história. Faça-a em quadrinhos, em literatura ou a viva no dia a dia.
Seja bandido, seja mocinho, vá ao teatro, vá a padaria, vá a praia, mas vá e descubra o que a vida tem a oferecer.
Não sabemos o que a vida é, porque ela não É, ela ESTÁ.
Leia os livros de história e saberá como ela FOI. Mas não existe livros de como SERÁ, por que você ainda está a escrevê-lo.
BADAENEK
Psicnálise é o meu Ray-Ban

"Saia do Quadrado"
Mas é engraçado (para não dizer chocante) a diferença entre o proposto e o esperado.
Outro dia, eu conversava com um psicólogo da área de Recursos Humanos da empresa sobre uma aula que eu tive de Psicologia Organizacional. Conversa vai, conversa volta, falamos sobre clínica, sobre graduação, sobre doenças e sobre crianças; ao qual esta pessoa exclamou: "crianças têm que ter limites. Hoje as crianças fazem o que querem, na minha época a gente tinha limites!".
Concordo em certo ponto... não com a mesma ênfase em "limites", mas concordo.
Quinze minutos de conversa e ouço a exclamação: "ah, eu gosto de clínica e já tentei, mas eu amo mesmo é RH!!!!!". Entendi tudo.
Porque falei do quadrado e depois mudei de assunto?? Taí! Não mudei.
Organizações são limitadoras e somente alguém que pensa exatamente assim pode fazer um trabalho perfeito.
Saia do quadrado, mas o outro pé precisa ficar bem onde a Corporação mandar.
Na Psicologia Clínica, o trabalho é o inverso, mostrar as possibilidades além dos limites.
Por isso o neurótico trabalha, produz, cria e vai fazer terapia. Círculo vicioso.
BADAENEK
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Reclamão
Você, que reclama que a vida não é justa...
Olhe para o desastre do terremoto...
Desastre das chuvas...
Crise financeira da maior potência econômica mundial...
A política...
E vai ver que ... não é que é verdade?
BADAENEK
Why?
Voltei a trabalhar após curtos 30 dias de férias.
Ainda não consegui responder às perguntas:
1) Porque os 30 dias de férias passam mais rápido que os 30 dias esperando o salário cair na conta (nem vem com a teoria da relatividade)
2) Porque quando se volta a trabalhar e é lá pelas 10 da manhã, a gente lembra de uma monte de coisas que queria fazer nas férias, mas nas férias a gente só lembra de dormir a esta hora?
3) Porque as pessoas perguntam: como foram as férias? Só de ficar longe do trabalho, FANTÁSTICAS, mesmo que tenha encravado uma unha ou tomado chuva de chinelo.
4) Porque, na volta das férias, bate um "Marxismo" e dá uma puta raiva das Corporações e do capitalismo?
5) Porque dinheiro está tão ligado ao trabalho????
Enfim... muito trabalho, muitas perguntas, pouco tempo para bobagens. Adoro uma bobagem.
Os sábados estão comprometidos com a formação em Psicologia que, tomara, me dê mais felicidade, autonomia e, de quebra, cascalho.
BADAENEK
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
ORIGINAL SIN
Fala do filme "Pecado Original" com Antonio Banderas e Angelina Jolie
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Utilidade Pública!
ÔOU
Eu:
OI LINDO FOFO, MEU AMOR, VOCÊ AMA A MAMÃE, AMA, AMA???
Filho:
Sim mamãe, sim (todo torto no meio de um abraço obrigatório)
Eu:
MAS AMA MUITO, MUITO, MUITO? AMA MUITO A SUA MAMÃE?????
Filho:
Amo mais que tudo, mais que o infinito (tentando em vão respirar embaixo do calor humano que o cercava)
Eu:
MAS AMA MUITO MESMO??
Filho:
Mamãe, deixa eu voltar a jogar a mini-fazenda????????????????????
Eu:
:-/
BADAENEK
Cada macaco no seu galho
Prolixo ou "pro lixo"
Vou diminuir.
Isso não e um diário.
Ou vou dividir os posts em partes.
Funciona. Parte 1 parte 2.
BADAENEK