terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Perguntas sem resposta


Daqui alguns anos ou até alguns dias, de acordo com a velocidade do nosso tempo, posso me arrepender de escerver isto ou simplesmente mudar de idéia. O que preciso é organizar as idéias para saber a que conclusão chegar e isto só é possível escrevendo ou falando.

Tenho pensado sobre Deus e sobre minhas crenças... existência? Mito? Dedução? Intuição? A que vem a crença em deus? Seja ele qual for. Seja ele uno, tríade, múltiplo.

Pela pouca experiência de vida penso que existe uma força criativa, que independe das vontades dos humanos e que por ora, é inexplicável. Pelo que conheço da ciência em todos os campos, a matemática final é que existe uma força que cria e equilibra o mundo, suas forças, suas fraquezas, seu humor.

Mas não consigo acreditar na existência deste teu Deus. Este deus que exige sacrificios da natureza em prol ao seu gerenciamento que não tolera desobediência, que a cada escorregão humano tira e faz doer. Não cabe na minha alma um espaço para adorar um algoz. Por isso minhas suspeitas aumentam. Suspeito de um bode expiatório, o pecado, que humanos bem dotados de suas psicologias que hoje tanto estudamos, criaram afim de doutrinar e manipular os humanos menos dotados de pontos de interrogação. No fim, uma troca fácil de realizar: minha natureza pelo Seu perdão. Abrem mão da natureza do humano em troca de terras verdes após a morte. Nesta hora me pergunto porque então este deus nos deu a vida se só podemos gozá-la depois da morte. Porque temos formigamentos e impulsos que nascemos e temos que controlar em troca de uma vida eterna. Se é eterna não é vida, a vida predispõe uma morte. Como não existe sombra, mas ausência da luz, não existe morte, mas ausência de vida e se é eterna chamemos de outro nome.
Compreendo que existem patologias, comportamentos que destroem laços humanos, politicos, sociais e naturais, mas encaro como uma desordem causada inclusive por esta ilusão. Uma ilusão do errado.

Acredito mais em um criador como a natureza, que não impõe regras narcísicas de adoração, lealdade e fé, mas de colaboração. Você não é punido quando corta uma árvore pois magoou o Soberano, mas é punido pois a árvore é o que te faz respirar e você mexeu com o equilíbrio do mundo. Um criador que equilibra as coisas de tal maneira que sua criação precisa aprender a conviver colaborando. Viver em sociedade com a natureza. Um contrato social de onde começa a minha vida e onde começa a sua, de delimitação e intersecção. Onde os impulsos naturais como o desejo e a agressividade encontram lugar para se expressarem com o devido suporte de quem já foi iniciado na vida, do jeito que ela é.

Acredito que acreditar neste deus e privar nossas vidas de alguns itens como se fossem errados só nos faz tapar o sol com a peneira e nos fingirmos de santo diante outros crentes nisso e, diante deste próprio Deus que defende, mostrar sua real cara. A falsidade.

Como acredito no criador, espero não causar nenhum efeito borboleta com este post de desabafo, quero pensar mais no assunto e sempre, mas infeliz ou felizmente, escolhi um caminho mais complicado que acreditar cegamente, que é perguntar sempre e questionar o porque estou aqui.

BADAENEK

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