quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Esquecimento


Freud vem com a novidade do Inconsciente, onde podem ser encontradas as memórias perdidas, ou melhor, não podem. O Inconsciente é como um buraco negro de pensamentos, não só memórias, mas fantasias e pensamentos cotidianos. Não podem ser acessados.

Esquecer uma lembrança antiga que traz dor é uma defesa. Ok, isso é senso comum. Mas esquecer coisas do cotidiano? Esquecer a bolsa antes de sair, esquecer de ligar para alguém, esquecer o filho no carro, esquecer o que prometeu a alguém?

Freud traz uma responsabilidade para nós em sua teoria. Nada é arbitrário. Esquece porque quer. Porque precisa. O inconsciente é só incosciente mas é voluntário.

O obssessivo compulsivo que lava as mãos incessantemente "simplesmente" (nada é tão simples) não se lembra do pensamento que vem um pouco antes do "tenho que lavar as mãos para tirar os micróbios".

Vivemos, introjetamos e projetamos sensações, ideais e conceitos. Mas boa parte o buraco negro suga.
E a gente continua.

O real é assim, distorcido. Distorcido porque esquecido, introjetado, projetado de maneiras diferentes.

O objetivo é muito subjetivo, por isso somos tão diferentes.

Por isso eu esqueço algo e você não.
Por isso eu lembro de algo e você não.

BADAENEK

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