segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O que é e o que parece ser




Somos enganados pelos nossos sentidos que filtram o mundo e o percebem baseados nestas sensações enviesadas pelas nossas experiências.

Desta maneira, não existe "o mundo", ou "um mundo", mas "mundos". Na verdade, atualmente, 6 bilhões de mundos.

Muitas percepções, muitas interpretações, muitos afetos, muitos comportamentos.

Não somos iguais e é exatamente nisso que somos idênticos. Em sermos diferentes.

Fazemos parte da massa, ficamos em filas, nos apaixonamos, temos filhos, estudamos, trabalhamos, consumimos, sentimos dores de cabeça, raiva, fome... mas de formas e intensidades diferentes.

Cada um, abrigado no seu mundo, enxerga as outras pessoas com seu óculos "meu mundo" e espera delas o mesmo que oferece. Vê gestos e atitudes com este óculos e às vezes não entende ou não compreende o que vê.

Alguns grandes homens conseguiram tirar estes óculos por um minuto e contemplar as sutis diferenças que cria mundos paralelos que interagem.

Mas não dá para ficar sem eles...neles está registrado quem você é, e nessa confusão, não dá pra misturar ao ponto de se confundir com o outro. Quando isso acontece dá um trabalho...

Eu uso meu óculos e faço de tudo para tirá-lo um pouquinho por dia, mas é necessário tomar cuidado. Não basta enxergar coisas, tem que estar preparado para vê-las.

Não se tira as vendas para correr colocá-las novamente.

Nem sempre é confortável o que se vê. Nem sempre é familiar.

É apenas humano.


BADAENEK



quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O ETERNO RETORNO



Nietzsche tem uma teoria que ele chama de "O eterno retorno".

É o seguinte:
Bem resumido ...

E se a nossa vida fosse uma eterna repetição, de tudo que fazemos...
E a cada vez que morrêssemos, voltássemos para fazer tudo de novo...eternamente.
As mesmas coisas.

A questão dele é:

Esta idéia te agrada? Você ama ou odeia esta idéia? A ampulheta da vida girando eternamente?


Dependendo da sua reposta, está na hora de pensar no que você está fazendo da sua vida.

Viva de maneira a amar esta idéia.

BADAENEK

Três Desejos

Em todas as histórias que conheço de realização de desejos, com gênios, feiticeiros e tudo mais, o realizador sempre diz que tem algumas condições:
Primeira: não ressucita mortos.
Segunda: não pode fazer com que alguém se apaixone.
...
...
...
OK, mas o resto a gente também consegue fazer né?
Tá, tá bom, não é "num click" mas a gente consegue.
Seria mais fácil falar:
"Você pode pedir 3 coisas ... menos as mais legais que nenhum humano consegue fazer sem ajuda de um gênio..."
BAH
Acho que sou uma gênia...
"Você tem 3 desejos. Peça pelo número!"
BADAENEK

sábado, 22 de agosto de 2009

Vício

Na wikipedia:
"Do latim 'vitium', que significa falha ou defeito, é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuizo ao viciado e aos que com ele convivem."

No priberam:
s.m.
1. Defeito
2. Prática frequente de hábito pecaminoso
3. Habito inveterado
4. Libertinagem
5. Erro de oficio
6. Mau hábito ou costume que as bestas adquirem

Badaenek:
Algo que te faz tão bem que acaba te fazendo mal

BADAENEK

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fenomenologia, Existencialismo e outras tentativas




O grande problema do homem é ser. É ter que dar conta de ser. Ser é uma atitude ativa, mesmo quando passiva, porque envolve escolhas. Escolhas são sempre ativas, são sempre decisões. Na vida não existe o muro para ficar em cima, tem que decidir. Mesmo que decida ficar parado.

O homem como ser incompleto e inacabado, que pode estar mas nunca poderá ser. Transita pela vida 'estando', mas nunca 'sendo' ele. Eu estou 'eu' hoje. Amanhã é diferente.

Seja o ambiente, as relações, as interpretações sobre a vida e o sentido atribuído a tudo que vivenciamos.

Dar conta de estar no mundo, de entender o sentido de viver é a grande angústia humana. A angústia de só ter uma certeza: que a morte virá. E como conviver e viver com a idéia de que a única experiência certa na vida, a morte, não será vivida? Ninguém vive a sua morte.

Saber-se incompleto é um bom começo para aliviar a angústia e parar de tentar preencher este vazio. Viver, dando conta do bom e do ruim e se manter de pé, mesmo cambaleando de vez em quando, parece uma boa forma de continuar e descobrir o sentido de viver - o sentido que você DER.




BADAENEK


Sabedoria Sertaneja

"E do jeito que tiver que ser será
Só Deus muda as coisas de lugar
Nem tudo que se perde tem valor
Nem tudo que é bonito é amor
O que passou passou não voltará
E o que tiver que vir virá, virá"
badaenek

Money que é good nóis num have



"Sobra mês no final do dinheiro!"

*** Ela existe ***

Hoje está sendo definitivamente um dia feliz.
Comecei um grupo de estudo de Psicanálise com um mestre.
Me senti grande, me senti possível.
Senti que existe um futuro que eu posso costurar com as ações do presente.
Senti felicidade. Me senti perto do que é grande e que as vezes acho que não mereço.
Me senti perto do que está longe de mim.

Vi que a vida oferece mais coisas do que eu sequer posso imaginar e de que o google é capaz de mostrar, do que a TV é capaz de filmar, do que a arte é capaz de expressar.

Dizem que a felicidade é um caminho e não um final, e também que não é constante, é feita de momentos.
Pra mim, hoje, a felicidade é a sensação de avançar em direção ao seu desejo. Se isto acontecer constantemente, ela é constante. Se acontecer de vez em quando, serão momentos.

Quero mais como este.

Nem tudo está bem para mim e isso é mais um sinal que a felicidade é possível.

Papai do céu, se tivesse um telefone celular ia receber uma sms: "Tks. Bjs"

BADAENEK

Cavalo de Tróia

Cavalo de Tróia em pintura de Giovanni Domenico Tiepolo
Os gregos tomaram Troia de uma maneira genial:
Enganar o inimigo com a arma dele mesmo: a vaidade, o orgulho.
Deram um presente magnifíco, de proporções gigantescas, um cavalo enorme, de madeira, bonito, exagerado e pesado.
Mais do que depressa, convencidos do seu merecimento e felizes pela vitória branca sobre a Grecia, colocaram o lindo presente para dentro da cidade.
E como todos sabem, durante a noite o presente virou um pesadelo. O tamanho exagerado e colossal do cavalo era proposital para abrigar o máximo de soldados possível, a madeira com rodas facilitaram o transporte e tudo que parecia magnífico, realmente era.
Morreram. Enagandos. Enquanto dormiam felizes com o presente.
Foi assim que você fez comigo. Eu me achei merecedora de um presente tão magnifíco que não parei para prestar atenção no que esta magnitude trazia como objetivo. Acreditei na grandeza sem saber que era grande para caber tudo aquilo que hoje eu vejo.
Fui traída pela minha vaidade. Aceitei por achar que merecia e trouxe para dentro da minha cidade, da minha vida algo especial.
Mas eu também dormi. E quando acordei vi que o excomunal, o belo, o exagerado e o gosto bom que eu sentia estava repleto de objetivos próprios que só esperavam a abertura do portão da minha alma para começar a agir.
Agiu, machucou, atravessou.
E me olhou, com a mesma aparência sedutora e magnífica.
Estaria pronto para começar tudo novamente.
Mas agora eu tenho medo até de pôney.
BADAENEK

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

BAD LUCKY

Estes dias, indo trabalhar, ouvi na rádio uma música que tinha um ritmo tão delicioso e eu achei que conhecia a voz do cantor... linda melodia.
Esperei até o final, ouvi o nome da música e confirmei: era mesmo do cantor que eu pensei.
Claro, corri baixar a música. Corri conhecer a letra.

Humpft.

Tudo que eu NÃO precisava era uma história dessas numa música linda.

Lucky (feat. Colbie Caillat)
Jason Mraz

Do you hear me, I'm talking to you
Across the water across the deep blue ocean
Under the open sky oh my, baby I'm trying

Boy I hear you in my dreams
I feel you whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Oooohhhhoohhhhohhooohhooohhooohoooh

They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I wait for you I promise you, I will

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Lucky we're in love in every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music, feel the air
I put a flower in your hair

And though the breeze is through trees
Move so pretty you're all I see
As the world keep spinning round
You hold me right here right now

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Lucky we're in love in every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

Ooohh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh


BADAENEK


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Não encaixo mais



Estou igual àquela peça do quebra cabeça que está lá mas não encaixa em lugar nenhum... você acha que é uma bordinha, não é; você pensa que é bem no meio da figura, opa, não é.
Estou assim.

Não gosto de falar de novelas, reality shows, notícias ruins, coisas "pseudo-fantásticas" - conversa típica da segunda-feira, ou se preferir, dia pós-domingo.

Não que eu ache que são assuntos fúteis e blábláblá, não ao contrário, eu gostaria até de conseguir conversar sobre isso, mas fico lá, muda.

Daí vem a pergunta: "tá triste?" - não, tô muda.

Não consigo me interessar sobre gols do timão, quem tá grávida no mundo das "celebrities", que cor está o cabelo da fulana, quem casou com siclano.

Estou deslocada.

Não ocnsigo me interessar por nada disso.

Ontem eu estava assistindo "Café Filosófico" e vibrava a cada nova fala do psicanalista sobre o ilusório auto-conhecimento, o outro, e tudo mais.

Daí minha filha sussurra para as duas pessoas que estavam em casa: "- A mamãe tá doida...hihi"

Acho que sim.

Tomei a pílula vermelha e não consigo voltar.

O pior é que nem fui, pois nem entendimento para sair fora desse padrão eu tenho.

Tô no limbo.

E muda

BADAENEK

Vento Ventania

Vento, ventania
Me leve para
As bordas do céu
Pois vou puxar
As barbas de Deus

Vento, ventania
Me leve prá onde
Nasce a chuva
Prá lá de onde
O vento faz a curva...

Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos...

Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero juntar-me a você
E carregar
Os balões pro mar
Quero enrolar
As pipas nos fios
Mandar meus beijos
Pelo ar...

Vento, ventania
Me leve prá qualquer lugar
Me leve para
Qualquer canto do mundo
Ásia, europa, américa...

(...)

Agora que estou solto na vida
Me leve prá qualquer lugar
Me leve mas não me faça voltar...

(Biquini Cavadão)

domingo, 9 de agosto de 2009

Como seguir o conselho de Ghandi?

Como?
"Seja a mudança que você quer ver no mundo!"
Eu mudo sempre e o mundo também.
Cada um na sua direção.
E as vezes quero parar. O mundo não.

Se eu não roubar, o roubo some do mundo? Ou eu apenas diminuo as estatísticas de ladrões? Mas aumento a estatística das vítimas.

Se eu educar melhor meus filhos, o mundo educa melhor os seus?

Sei que minhas ações refletem no mundo, mas ainda não sei o que mudar para que o meu mundo mude.
Para que eu consiga uma vida mais confortável para meus filhos com direito a supérfluos e uma vida onde eu possa amar alguém além de mim e deles.

Pra que supérfluos? "Agradeça o que tem, Bianca".

- Obrigada

Mas, estou mais naquela "não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho."

E, no final, o que realmente vale é QUEM temos e não O QUE temos. O que é verdade, para mim. Mas quero proporcionar para estes QUENS uma vida mais sossegada, com aprendizados, mas com um pouco mais de recompensa.

Eu tenho energia para o trabalho, mas tenho princípios, isso me limita.

Eu tenho idéias, opiniões, motivações e entusiasmo que converto em resultados, mas não sou formada, isso me limita.

Tenho muita vontade de vender meu tempo para conseguir proporcionar algo mais para meus filhos, mas se eu "rentabilizar" meu final de semana, fico sem vê-los, o que não justifica a rentabilização.

Preciso meditar nessa frase.

Mudando então...

BADAENEK

domingo, 2 de agosto de 2009

Simples?


"Quanto ao desespero, trata-se de um conceito extremamente simples. Ele significa que só podemos contar com o que depende da nossa vontade ou com o conjunto de probabilidades que tornam a nossa ação possível."

Jean Paul Sartre

Antes de partir

O filme Antes de partir (The Bucket List ,2007) conta a história de dois homens com câncer terminal que descobrem que têm no máximo 1 ano de vida e decidem fazer uma lista das coisas que querem fazer antes de morrer. Nesta lista aparecem coisas como presenciar algo sublime, rir até chorar e beijar a garota mais linda do mundo.

O que você colocaria na sua lista?
Você vai fazer esta lista só quando te derem 1 ano de vida?
E se você não tiver a oportunidade de ser avisado antes de morrer?

Numa cena, um deles diz o seguinte: "45 anos passam muito rápido!"
- E 1 ano, então? - eu pergunto.

Quero colocar coisas na minha lista e quero pensar se estou vivendo de modo a passar rápido demais ou se estou aproveitando todos os momentos.

Quero poder acrescentar coisas a medida que o tempo vai passando e poder riscar cada uma das coisas que coloquei na lista e que vou realizando.

- Ser psicanalista
- Aprender a dirigir
- Aprender inglês, alemão e francês
- Conhecer a Grecia
- Conseguir meditar
- Aprender a cantar

Bom, a lista é grande.

Talvez seja estranho não ter nenhum item associado aos meus filhos. Na verdade, hoje eles são a minha prioridade, mas tenho que aprender que a minha lista é minha e que eles terão a deles.

BADAENEK