quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

NATAU

Adeus ano velho feliz ano novo (de novo)
Que tudo se realize no ano que vai nascer (não, por favor não)
Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender (isso sim, nunca é demais)
 
Eu achei que todo mundo fosse filho de Papai Noeeeeeel (Quem dera)
Mas a felicidade é brinquedo que não tem (Com a felicidade não se brinca)
 
Quero ver você não chorar, não olhar pra trás (Mas se olhar eu choro)
Nem se arrepender do que faz (Só do que deixa de fazer)
 
Noite feliz, noite feliz (Sempre ouço o contrário)
 
Jingle Bell, Jingle Bell, acabou o papel ... (ops, wrong song)
 
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BADAENEK

Não importa o nome, mas o impacto

DEPOIS QUE EU DESCOBRI QUE  o mesmo que chamamos de "nosso grande amor" a Psicanálise chama de "objeto amado pois é a fonte das realizações dos desejos e fantasias inconscientes" ...
 
...
 
Não adiantou nada.
 
E não entenda "desejos e fantasias" como coisas belas e dignas de desejo, mas espere tudo, desde indiferença até abandono.
Esse é o campo de batalha da Psicanálise.
E o nosso.
 
Mas cada um chama como quiser.
Que o "amor" é uma pedra no sapato ninguém pode discordar.
 
BADAENEK

 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Pequena Sereia (ou não)

Minha filha, durante seu banho de domingo...
 
Filha - Mamãe, acho que eu vim do mar...
Eu - Ah é, porquê?
Filha - Acho que sei de tudo agora.
Eu - De tudo o quê?
Filha - Sabe quando a gente é bem pequenininho ... e ainda não é um bebê ... e tem que apostar aquela corrida nadando pra ver quem chega primeiro? Então, eu cheguei primeiro e então eu acho que eu sou do mar.
Eu - !!Gulp!!
Filha - Porque quem é do mar chega primeiro.
Eu - :-O
Filha - Ou quem é de metrô
Eu - ;-D  (Rolando)
 
BADAENEK

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Bianca Albertini Daenekas

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O arroz

Enquanto isso, em um jantar de família...
 
Mãe - Vamos lá, o que vocês querem?
Filho - Tudo que tem na mesa, menos arroz.
Mãe - Mas é necessário! Arroz é obrigatório! Tem carboidratos.
Filho - Huumm...então tá, mas só meia concha tá?
Mãe - Tá bom (enche a concha e "pá" no prato)
Filho - Mamãe, pelo jeito você é muito ruim de fração!
Mãe -   :-O
 
BADAENEK

Natal - Uma fórmula perfeita

Quantas pessoas você já ouviu dizer que acha o Natal uma data trsite?
"Coincidentemente", o Natal é uma data de compras!
 
Pensa... pessoas tristes e culpadas (pela morte de Cristo) vagando pelos shoppings.
Esta é realmente a fórmula perfeita: Pessoas tristes compram!
Para preencher um vazio interior, para punir-se devido a culpa, para "pagar" por seus pecados.
 
Bom seria preencher este vazio com vida. Com amigos. Com família. Com transgressões sadias.
Mas daí teríamos outra crise econômica igual a de 29 e a de 2008.
 
"Feliz" Natal
 
BADAENEK

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

I AM

Ainda teimamos em dizer "eu sou".
Sou assim, sou assado, sou frito, sou complicado.
Mas ao mesmo tempo que somos, pois a existência implica em "ser", por um problema na linguagem, não "somos", mas "estamos".
Se eu dissesse ontem que "sou" de certo modo estaria mentindo, porque hoje "sou" de outro modo referente ao mesmo assunto.
A vida e o tempo passam e as experiências modificam cada ser-humano, e é bom que seja assim.
Imagina sofrer enquanto adulto igual a uma criança que não consegue o que quer?
As experiências passam como passam as ondas do mar e moldam as rochas, como passam os ventos e moldam as nuvens e como passa o artista o estilete em sua obra de arte buscando a forma perfeita.
Nossa forma perfeita não tem fim.
Nossa perfeição é a própria possibilidade de mudança, de ser hoje diferente de ontem, mas sendo eu mesmo.
Mudando de opinião, de hábito, de medos, de sonhos, de desejos, de caminhos.
Mudando para continuar o mesmo.
Sem mudar não somos humanos.
 
BADAENEK

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Caminhos

Não é o fim do caminho, porque caminhos existem muitos.
Mas pode ser o fim da minha visão de caminho.
Caminhos são vários, visão só existe uma.
 
Quando abro os olhos vejo caminhos, quando fecho, não os vejo apesar de estarem por ali.
Estarão eles por ali?
Só saberei abrindo os olhos novamente.
 
Não é o fim do caminho porque ele não tem fim.
Quem tem fim sou eu.
Um ser-para-a-morte, finito.
Um caminho não acaba, mas pode ter bifurcações difíceis de enxergar.
 
A visão acaba, mas muitos caminham cegamente.
Não param de caminhar. Mas não escolhem seus caminhos.
E quando perguntam: para onde estou indo?
Já estão indo.
 
Mude as lentes, os olhos, a visão, o olhar, o óculos.
Aí poderá mudar o caminho.
 
BADAENEK
 

Oh! E agora que poderá ME defender?

Depois de meia hora ouvindo minha filha reclamar de tudo no mundo capaz de fazer sombra sob a luz...
 
Eu - Ai filha, mas você é muito brava!
Filha - Ainda bem né mamãe que eu nasci assim, senão, como eu ia me defender?
Eu -  :-O
 
 
Badaenek
O gosto e a língua
(Postado por Paulo Coelho em 04 de dezembro de 2009 às 00:32 no G1)

Um mestre zen descansava com seu discípulo. A certa altura, tirou um melão do seu alforje, dividiu-o em dois, e ambos começaram a comê-lo.

No meio da refeição, o discípulo comentou:

"Meu sábio mestre, sei que tudo que o senhor faz tem um sentido. Dividir este melão comigo talvez seja um sinal de que tem algo a me ensinar".

O mestre continuou a comer em silêncio.

"Pelo seu silêncio, entendo a pergunta oculta", insistiu o discípulo. "E deve ser a seguinte: o gosto que estou experimentando ao comer esta deliciosa fruta está em que lugar: no melão ou na minha língua?"

O mestre não disse nada.

O discípulo, entusiasmado, prosseguiu: "E como tudo na vida tem um sentido, eu penso que estou perto da resposta a esta pergunta: o gosto é um ato de amor e interdependência entre os dois, porque sem o melão não haveria um objeto de prazer, e sem a língua…"

"Basta!", disse o mestre. "Os mais tolos são aqueles que se julgam os mais inteligentes, e buscam uma interpretação para tudo! O melão é gostoso, isto é suficiente, e deixe-me comê-lo em paz!"


BADAENEK

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mãe suficientemente boa

Winnicott não foi pai, tampouco mãe, mas formulou uma teoria onde a "mãe suficientemente boa" é a grande heroína da história de qualquer ser humano. Nem precisa dizer que uma falha no "suficientemente" a torna a grande vilã.
 
Sr. Winnicott, com todo respeito, toda sua teoria é muito válida. Ilusão, desilusão, continuidade, dependência absoluta, relativa, rumo à independência, tendência anti-social, objeto subjetivamente concebido, controle mágico, objeto objetivamente percebido, splitting, objetos e fenômenos transicionais, área intermediária ou espaço potencial....
 
...mas isto dveia vir em forma de "Manual de Instruções" colado no pezinho do bebê.
 
Agora que o Sr. está aí em cima, perto do Arquiteto, dá pra colocar isto na caixinha de sugestões????.
 
 
BADAENEK
 
 
 
 

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Bianca Albertini Daenekas

Médicos ficam gripados

Você, que é estudante de Psicologia e aspirante a Psicanalista!
Resuma a Psicologia em uma frase.
Capricha!
 
 
"EM CASA DE FERREIRO O ESPETO É DE PAU"
 
 
(Hummm. Esse duplo sentido, Freud explica?)

 
Badaenek

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mania Feia

Por muito tempo quando algo ruim acontecia e eu ficava chateada, eu evitava dizer o que estava sentindo para não magoar as pessoas e manter as relações sempre na maior paz possível.
Foi assim durante muito tempo.
 
Então, eu vi que funcionava algumas vezes, mas eu ficava com aquele gostinho amargo na boca por não ter dito o que eu queria.
Não que eu seja muito boa e por isso não queria magoar ninguém, na verdade meu medo era de perder a relação com a pessoa. Magoá-la significaria perdê-la.
 
Com o tempo e as adversidades, continuei com a mesma fórmula e ela me pareceu furada.
 
Conversando com um amigo, ele disse que quando a gente se expressa, o gosto amargo vai embora e é possível depois abraçar esta pessoa e dizer: "mesmo assim gosto de você!". Achei interessante e comecei a praticar. Comecei com ele, inclusive. E vi que nem sempre o que eu dizia magoava, as vezes abria uma possibilidade da pessoa explicar melhor seu ponto de vista, as vezes a pessoa só ouvia e estava bom.
 
Hoje, pouco tempo depois desta conversa, coleciono algumas poucas cenas impagáveis da minha história onde eu disse o que queria, e me expressei. E continuo me relacionando com estas pessoas. Do trabalho, da família, do coração. Eu não perdi ninguém, porque ainda gosto deles. E poder dizer o que eu penso me faz gostar ainda mais e ser mais autêntica.
Falar o que eu penso mostra té onde esta pessoa pode ir, e isso é saudável para minhas relações. Quando não havia distinção entre eu e o outro, podia tudo.
 
Me sinto bem.
 
Deixa meu analista ler isso, vou me arrepender de ter escrito.
 
BADAENEK